A empresa de Transportes Públicos de Maputo, actualmente
designada Empresa Municipal de Transportes Públicos, introduziu há alguns meses
as carreiras Expresso para os diversos destinos da cidade e província de
Maputo. Supõe-se que o objectivo dessas novas carreiras seja de melhorar a
eficácia e a eficiência do sistema de transportes em Maputo. Mas, o que
acontece é que nada se apresenta como novo senão a diferença de tarifas entre
as carreiras Expresso e as normais.
Quando esses autocarros começaram a operar, havia
paragens determinadas para levar e/ou deixar passageiros. Mas, é muito
frequente nesses dias que estes machimbombos parem em qualquer paragem para os
mesmos efeitos acima referidos. Falamos concretamente dos autocarros que fazem
o trajecto Maputo-Boane e Mozal-Maputo. Não queremos falar dos outros motoristas,
que mesmo em semáforos e outros locais que não sejam paragens, descarregam
passageiros colocando a vida destes em risco embora seja a seu próprio pedido.
Ao questionarmos sobre essa desobediência, os motoristas
e cobradores afirmam que pretendem ajudar as pessoas que residem em bairros
cujas paragens não estão marcadas para que o Expresso leve ou deixe
passageiros; todo o mundo precisa de viajar e não deve haver egoísmo.
Concordando com a ideia de querer ajudar todos os
passageiros, a solução seria, para nós, eliminar as carreiras Expresso. Assim
não haveria discriminação e nem desigualdades no acesso aos machimbombos; todo
o mundo beneficiaria dos autocarros provavelmente da mesma maneira.
Para além destes aspectos que se constatam nesses autocarros,
há que considerar os engarrafamentos que se apresentam no período matinal e na
hora de ponta. Assim, questionamos se há necessidade de colocar carreiras
Expresso nesses momentos do dia apesar dos engarrafamentos? Em que medida é que
esses autocarros são eficientes nas horas em que se sabe que há engarrafamentos?
Solicitamos que esses autocarros não circulem como
Expresso sempre que a circulação rodoviária estiver perturbada pelos
engarrafamentos. Pedimos ainda que os motoristas e cobradores respeitem as
ordens dos seus superiores, o código de estrada e que não deixem os seus
valores morais ajudar uns, prejudicando os outros. Não se deve prejudicar os
passageiros que apanham o Expresso com a expectactiva de chegar rápido ao seu
destino, pois considera-se que é um autocarro que não tem muitas paragens.
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