terça-feira, 22 de setembro de 2015

Bloqueio e reboque de viaturas na cidade de Maputo


A falta de parques e de espaços para o estacionamento é uma realidade na cidade das acácias. Este facto leva vários automobilistas a estacionar os seus carros nos passeios (reservados para os pedestres) e em outros locais considerados não apropriados para tal.
Deste modo, o Concelho Municipal com a sua polícia fazem valer as ordens e recomendações que constam dum documento legal, com vista a disciplinar os condutores. Porém, a mudança de comportamento dos automobilistas, o que significaria que as ‘‘chamussas’’ são funcionais, não mostra grandes mudanças. O que se tem verificado regularmente é um conjunto de carros ‘‘mal estacionados’’ ou estacionados em locais considerados impróprios, com um bloqueador abraçado a uma das rodas.
Afirma-se que o bloqueio das viaturas ‘‘mal estacionadas’’ ou estacionadas em locais impróprios está previsto num documento legal que se denomina Postura Camarária da Cidade de Maputo.
De acordo com este documento a Postura de trânsito tem como objectivo principal regular ‘‘o trânsito e estacionamento de veículos de tração mecânica e animal, velocípedes, peões e animais na cidade de Maputo.’’ Será que se está mesmo a regular o trânsito? Quando bloqueiam um automóvel que esteja a provocar congestionamento e ficam a espera do respectivo condutor para o pagamento imediato da multa e a consequente retirada da ‘‘chamussa’’, o que acontece com a situação do trânsito? Tenho a referir que em alguns casos o agente de polícia municipal que tem as chaves para o desbloqueio nem sempre está no local e é preciso que ele seja solicitado e não se sabe quanto tempo ele pode levar para chegar. Chefe é chefe!!!
Não está previsto em parte alguma do código da estrada que um carro possa ser bloqueado por estar mal estacionado e em nenhum momento se prevê que as multas tenham que ser pagas de imediato e no local em que se comete a infracção. Contudo é o que exige a Postura de Trânsito da cidade de Maputo. Se o automobilista não tiver, no momento, dinheiro para o pagamento da referida multa, prevê-se que o carro seja rebocado para um parque e o valor da multa agrava-se ainda mais.
Este fenómeno não é raro, sobretudo, na Baixa da cidade de Maputo que é uma zona de concentração de estabelecimentos comerciais de prestação de serviços. Neste local a polícia municipal tem a certeza de poder encontrar sempre algum automobilista para bloquear e aplicar a multa. Por que é que a polícia municipal não cria condições para que os automobilistas evitem apanhar multas? Poderiam recomendar (como o faço eu) ao Concelho Municipal a colocação de sinais que informem que o estacionamento naqueles locais é sujeito a ‘‘enchamussamento’’ ou a reboque. Na falta de sinais, podem disponibilizar agentes para regular o trânsito dizendo aos automobilistas, no momento em que estes pretendem estacionar em locais impróprios, para não o fazerem. O objectivo é regular o trânsito e não penalizar os automobilistas. A penalização, tendo ela a sua função, seria o último recurso em caso de resistência por parte dos automobilistas.
Quem aplica multas aos automobilistas que estacionam os seus carros em locais impróprios, devidamente sinalizados é a polícia de trânsito, não?
Abram o olho!
Marcos SINATE

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Governo de Mocambique expulsa o cunhado sul africano



A ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo, decidiu interditar o director do Hospital Privado de Maputo, Wynand Kleijnhans, de trabalhar em Moçambique. Esse director, de nacionalidade sul africana, maltratava os trabalhadores moçambicanos desta unidade sanitária.

Mais uma vez a nossa ministra ganha coragem de aplicar a Legislação Laboral para rebentar e espremer os furúnculos que reinam em várias instituições que funcionam em Moçambique. O mais estranho é percebermos que as graves violações da legislação laboral moçambicana são perpetradas por cidadãos estrangeiros. Será por desconhecimento ou por desprezo das instituições aprovadas pela Assembleia da República?

Que as outras instituições infestadas de furúnculos regularizem a sua relação laboral com os trabalhadores e falsos ‘‘prestadores de serviço’’ (que na verdade são trabalhadores em virtude da Lei do Trabalho em vigor no país). Faço ainda apelo para que os representantes das mesmas instituições apresentem comportamentos adequados para evitarem situações semelhantes à essa.

Queremos e gostamos de viver num país em que as belas leis de que Moçambique está munido sejam respeitadas rigorosamente e nada de manobras para contorná-las.

Estamos de olho aberto!

Marcos SINATE