domingo, 21 de abril de 2013

O Governo é empregado doméstico do povo?

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Moçambicanos, nós espalhamos o lixo que nós produzimos por toda a cidade e afirmamos que o Governo é que é o responsável pela sua recolha. Mas, constatamos, já há muito tempo, que o responsável não se ocupa das suas tarefas e não sabemos por que razões.
É através do nosso voto de confiança que atribuímos a um indivíduo ou a um grupo o papel de nos governar e ele(s) convida(m), por sua vez, os seus ‘‘amigos’’ para o(s) auxiliarem governação das nossas pessoas. Assinamos um contrato com ele(s) ao depositarmos nele(s) o nosso voto. É assim que o afirmam os filósofos contratualistas, se não me engano. O(s) nosso(s) governante(s) têm direitos e deveres e nós também. Deste modo, temos o direito de exercer a nossa influência sobre ele(s) de modo a melhorar(em) as nossas condições de vida e nós também temos que colaborar para que o trabalho dele(s) seja efectivo. Temos que verificar se as suas promessas estão ou não a ser cumpridas e questionarmos em caso de incumprimento. Eu gostaria ainda de poder sancioná-lo(s) em caso de incumprimento, mas duma maneira em que as consequências das ditas sanções recaíssem somente sobre ele(s).  
O problema que se coloca é que nós nos esquecemos de colocar no nosso contrato, as sanções pelo incumprimento das suas promessas. Fazemo-lo de forma arbitrária (espalhamos lixo pelas ruas, partimos garrafas nas praias, urinamos nas árvores, e postos de iluminação da cidade, queimamos lixo nos contentores, etc). Quando votamos, nós nos esquecemos de informar aos nossos dirigentes que queremos que eles recolham o lixo que nós espalhamos pela cidade e não somente o que se encontra nos poucos contentores disponíveis na nossa cidade. As nossas sanções são debatidas informalmente nas barracas e ‘‘chapas’’, geralmente na ausência dos governantes, e são imediatamente aplicadas. Penso que sancionamos injustamente os nossos governantes, as nossas cidades e os nossos bairros e sobretudo a nossa saúde.
Não é o Governo que circula todos os dias pelas avenidas e ruas das nossas cidades, somos nós. Não é o Governo que espera o ‘‘chapa’’ num lugar imundo, somos nós. Não é o Governo que nada na praia suja e com garrafas partidas, somos nós. Não é o Governo que se alimenta em lugares sujos, somos nós. Vejam que pensamos estar a sancionar o outro, mas na realidade nós nos auto sancionamos da forma mais selvagem.
Se quisermos sancionar o nosso Governo, temos que mudar de contrato. Temos que assinar um contrato no qual os nossos governantes deverão, provavelmente, desempenhar o papel dos nossos empregados domésticos (no sentido moçambicano) e poderemos sancioná-los como bem entendermos, desde a tortura (psicológica, física, étnica, cultural) até a expulsão sem indemnização. Mas, teremos antes que nos certificar da eficácia e eficiência de tais sanções.
 
Prestemos muita atenção nas sanções que aplicamos aos outros. Não institucionalizemos a sanção do espalhamento do lixo na cidade como algo cujas consequências recaiam somente sobre o Governo, pois este comportamento mostra que estamos muito equivocados em relação a sua funcionalidade.
Juntos por uma cidade e um bairro limpo…

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Creche Comercial de Maputo em Maputo

É uma realidade muito comum na zona da Malanga, e em outros lugares da cidade de Maputo, encontrar crianças, de ambos os sexos, a praticar o comércio informal. Trata-se não somente do comércio em que os vendedores se instalam num local e que os que clientes lá se dirigem para adquirir os produtos, mas do comércio praticado, também, com base na corrida. Elas correm atrás dos clientes que se encontram dentro dos autocarros que por lá passam, expondo-lhes os seus produtos à venda. Algumas caem durante a corrida, mas não desistem. Elas recolhem-se e recolhem em seguida os seus produtos e continuam a jornada comercial.

Os menores comerciantes deslocam-se àquele local de manhã e só saem de lá quando o sol se deita. Não sabemos se estas crianças frequentam a escola. Se a frequentam, não temos conhecimento sobre o momento em que elas abandonam este lugar para entrarem no processo de ensino aprendizagem e/ou formação. Se frequentam a escola, estamos curiosos em relação aos seus resultados. Não podemos neste momento dizer se os seus resultados escolares são satisfatórios ou não por falta de informação proveniente das escolas. Mas, é lamentável.
 
Seria muito importante percebermos o que leva essas crianças a se dedicarem ao comércio nesta sua tenra idade. A sua proveniência, geográfica, familiar e cultural não seria menos importante como ponto de partida para a compreensão deste fenómeno. De onde vêm estas crianças? Serão elas da província/cidade de Maputo? Qual é a estrutura familiar de onde saem estas crianças? Quais são os valores morais e culturais dessas famílias? Os seus familiares estarão eles conscientes das consequências futuras desta prática sobre a criança e sobre a sociedade moçambicana em geral?
Não é menos evidente, também, a presença de jovens, adultos e idosos praticantes das mesmas actividades comerciais, nesta paragem de autocarros da Malanga. As palavras mais pronunciadas por eles não ultrapassam muito os nomes dos produtos por eles vendidos e dos seus preços. Pronunciam geralmente apenas o nome do produto a ser vendido e o seu preço. É essa prática que os mais velhos transmitem aos mais novos neste local.
É aqui na paragem da Malanga, em Maputo, e em outros lugares que não vou aqui referenciar (mas o farei nos próximos textos) que as crianças aprendem a lidar com o comércio informal e consequentemente com o dinheiro para satisfazer, provavelmente, as suas ou as necessidades de alguém.
Procuremos consciencializar os nossos concidadãos para não fomentarem esta prática nas crianças, pois as consequências inesperadas disso podem ser drásticas. Não coloquemos as nossas crianças em risco sob o pretexto de que não há outros meios de sobrevivência. A estrada não é lugar de circulação de crianças. O comércio não deve ser visto como uma brincadeira para criança.

Juntos na luta contra o trabalho infantil… Lutemos contra as creches comerciais!!!

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Quem está realmente a matar em Muxúngwè?


Jornal Notícias de segunda-feira, dia 08 de Abril de 2013
É interessantíssimo saber que o bandido, mesmo depois de ter ficado anos sem acção criminosa visível, continua constituindo ameaça para alguns membros do partido no poder. Constitui ameaça pois ele promete fazer destruiçõe...s e aparentemente não cumpre. Digo aparentemente, pois não tenho evidências até hoje de que as suas ameaças foram cumpridas. Como refere um amigo meu do facebook, ‘‘Evite ameaçar alguém dizendo ´hás de ver´ pois alguém que irá ouvir poderá aproveitar-se disso e fazer mal àquela pessoa que você ameaçou e você será culpabilizado.’’ Diz ele citando a sua avó.
Nos discursos que têm sido apresentados no jornal Notícias, alguns dirigentes aparentam não ter a liberdade, e outros sim, de afirmar a que partido(s) político(s) pertencem os indivíduos que semeiam terror em Muxúngwè, distrito de Chibabava na província de Sofala em Moçambique. Por um lado, no jornal notícias de segunda-feira, dia 8 de Abril de 2013, afirma-se na primeira página que o Presidente da República lamenta os ataques da RENAMO naquela zona. Mas, por outro lado, no jornal notícias de terça-feira, dia 8 de Abril de 2013, o Ministro do interior afirmou que os responsáveis pelas mortes de civis naquela zona seriam “responsabilizados criminalmente”. Este ministro não faz referência a indivíduos pertencentes a um determinado partido e nem menciona o partido Renamo. Quem o faz, é o Secretário do Comité Central para a Mobilização e Propaganda do partido no poder. No final do mesmo artigo, fala-se de homens armados que atacaram dois autocarros e um camião, matando três pessoas e ferindo varias outras e que a Renamo já se tinha apresentado em público para negar a autoria de tais crimes.
Jornal Notícias de terça-feira, dia 09 de Abril de 2013

Tendo lido esses dois artigos do mesmo jornal e em seguida o outro do jornal O País de terça-feira, dia 8 de Abril de 2013 que dizia que o Ministro tinha afirmado que os ‘‘homens armados da Renamo, que vitimaram 4 agentes da FIR e 3 civis, em Muxúnguè, devem ser levados à barra de tribunal para serem responsabilizados pelos seus actos criminais’’, fiquei desiludido com a nossa imprensa que não consegue nos trazer elementos esclarecedores sobre quem está realmente a praticar esses actos criminosos. Se realmente o PR e o Secretário do Comité Central para a Mobilização e Propaganda do partido no poder afirmaram se tratar de homens da Renamo, porque é que o Ministro do Interior aparece num dos órgãos a falar de homens armados e não referencia a sua pertença político partidária e num outro ele o faz? Será que os jornalistas entrevistaram a mesma pessoa, no mesmo momento e entenderam coisas diferentes? Ou entrevistaram a mesma pessoa mas em momentos diferentes, tendo esta dado informações diferentes?
A minha perplexidade, leva-me a não compreender como é que se prova que seja a RENAMO a semear terror em Muxúngwè e não outras pessoas com comportamentos desviantes e oportunistas. Os elementos até agora trazidos pela imprensa não me permitem afirmar categoricamente que a Renamo seja responsável pelos ataques aos autocarros e camiões. Não vou aqui discutir o caso doa agentes da FIR, pois ao que se nos mostra, estes morreram num confronto com os homens da Renamo dos quais conseguiram também
Jornal O País de terça-feira, dia 08 de Abril de 2013 disponível no facebook.
neutralizar alguns. Questiono os elementos que são apresentados como fundamentos de que os ataques posteriores foram indubitavelmente perpetrados pela Renamo.

A imprensa bombardeia-nos com informação para nos fazer acreditar que é a RENAMO a matar, mas não nos traz elementos suficientes para que esta informação se torne numa verdade inquestionável. Não digo se é ou não verdade que a RENAMO esteja a matar. Gostaria é que se apresentassem mais elementos que não deixem dúvidas sobre o acontecimento. O facto de se dizer que os indivíduos traziam fardamento militar antigo e outros estavam vestidos a civil deixa lacunas sobre a pertença partidária política desses atacantes.

domingo, 7 de abril de 2013

Da especulação das Multas à Violência Física (Porrada)



Passeando pelas ruas e avenidas da minha bela cidade, constatamos que os cidadãos usam mecanismos de regulação dos comportamentos sociais, como em todas as outras cidades. Falamos aqui das regras e normas que são socialmente reconhecidas pelos cidadãos. Provavelmente, pelo enfraquecimento do processo de partilha de tais regras e normas, os próprios cidadãos fazem o uso do seu conhecimento da escrita e da leitura para a divulgação das mesmas, através da colocação de painéis de proibição ou ainda de textos de chamada de atenção em muros ou árvores. É também comum encontrarmos junto à proibição ou chamada de atenção, as respectivas sanções em caso de incumprimento. As referidas sanções podem oscilar entre a aplicação de multas e a violência física (porrada).
E, provavelmente o violador das normas possa também receber os dois tipos de sanção pelos seus actos.
Pensamos nós que esses mecanismos visam, entre outros, sensibilizar as pessoas a não adoptarem certos comportamentos e atitudes em certos lugares e proteger a “propriedade” ou património estatal ou privado.
Queremos centrar a nossa reflexão nas sanções que são (in)formalmente instituídas.
A diferença de valores das multas para sancionar a mesma realidade é que chamou nossa atenção. Mas também o tipo de sanção para a mesma realidade, ocupa um lugar significativo na nossa reflexão.
Partimos do pressuposto que o Homem é um ser racional e que procura orientar as suas acções com base na racionalidade. É com base nesse pressuposto que vamos questionar sobre a racionalidade das pessoas que instituem as sanções por alguém ter urinado num muro ou numa árvore. Com que bases racionais se decide sobre o valor da multa por este acto? Uma vez paga a multa, a que se destina o valor? Quem tem a legitimidade de fazer tal cobrança? Para o caso em que a violência física for a sanção, quem tem a legitimidade de a exercer? De que maneira é que se deve bater e durante quanto tempo?
Pedimos aos instituidores dessas sanções que nos ajudem a encontrar respostas. Não julgamos que as vossas sanções sejam más ou que não deveriam existir. Procuramos apenas compreender como ocorre esse fenómeno para provavelmente tomarmos as vossas ideias como experiências que devam ou não ser reproduzidas, caso sejam (dis)funcionais nos vossos espaços.
Reconhecemos a funcionalidade duma mensagem, sem sanção explícita, pois ela sensibiliza os cidadãos a não urinarem naquele lugar mas em outro indeterminado. E, pelo que vimos, a mensagem tem efeito pois naquele portão ninguém se dirige para fazer as suas necessidades menores e nem maiores. Mas, fazem-no ao lado e não são provavelmente sancionados por isso.
Gostaria muito de reflectir sobre as razões que levam os cidadãos a fazer as suas necessidades menores e mesmo maiores em certos lugares e não em outros, em determinados momentos do dia e não em outros. Mas, reservo este assunto para as próximas viagens pela minha linda cidade de Maputo.
Comecem a reflectir sobre as vossas práticas passadas, pois temos a impossibilidade de reflectir sobre as que ocorrem no presente.
 Feliz dia da Mulher Moçambicana, dia 7 de Abril.




quinta-feira, 4 de abril de 2013

As outras letras têm ciúmes do ‘‘F’’ !


Na era em que estudei o alfabeto em português, aprendi também a ler e a escrever. Quando comecei a escrever, eu conseguia usar quase todas as letras para representar o que eu falava. Conseguia por exemplo escrever palavras como Coca-cola, Fanta, Maracujá, Santal, etc. Note-se que essas palavras iniciam todas com letras diferentes. Era um bom exercício para a prática da escrita e memorização do alfabeto completo.
O uso de palavras referentes à bebidas para demonstrar o uso de letras iniciais diferentes provêm do facto estranho de nós termos constatado que a letra F tende a ser reificada no ramo das bebidas em Moçambique. Olhem, Fizz, Frozy, Fiesta, Fresh* e Fresco. As quatro primeiras apresentam-se numa embalagem semelhante e não reciclável. A última (Fresco) partilha apenas a última característica.
Procuramos o significado dessa chuva de F’s na área das bebidas doces em Moçambique. Não sabemos se isso ocorre em outros países também. Se ocorre, gostaríamos de saber que letras escolheram e porquê. Exigimos informação sobre isto na qualidade de cidadãos consumidores, pois não queremos ser responsáveis pelas consequências das nossas especulações. Coloquemos nas nossas cabeças que nada é por acaso e devemos duvidar das coincidências casuais.

Não queremos fazer com que se pare de consumir essas bebidas. Até podem ser consumidas no mesmo momento em que se procura o significado da letra F em cada nome de refrigerante. Pensamos que esses F’s quando bem gelados são gostosos, não? Mas, gostaria que cada consumidor soubesse de algumas coisas relacionadas com que consome. Reparem que não questionamos aqui o conteúdo, mas as iniciais das marcas desses líquidos, que se encontram no rótulo da garrafinha plástica. Essa é a nossa preocupação actual.
Não queremos nem levar os fabricantes a optar por novas letras iniciais para os seus refrigerantes. Queremos apenas é compreender a razão da ocorrência destas letras iniciais nestas bebidas, pois aparenta haver uma racionalidade neste processo, não? Perdoem-nos, ainda não acreditamos que isso seja resultado do acaso.
Exercício semelhante a este, pode ser feito em relação a tudo o que consumimos e pode-se abordar, sem restrições, o conteúdo, o material usado no fabrico da embalagem e outros elementos. Terão surpresas! Vamos a isso? Esperamos as vossas novidades brevemente.









*Imagem ilustrativa a postar brevemente.

terça-feira, 2 de abril de 2013

A cor do cheiro !

Na minha escolinha aprendi que o ar é uma matéria gasosa sem cor, cheiro, sabor, forma e nem tamanho determinado. Eu gostava da disciplina que se chamava Ciências Naturais. É realmente nesta disciplina que aprendi isso. Quando eu saía da escola, conseguia confrontar com a realidade tudo o que estava escrito no livro, o que o professor repetia e nós também repetíamos, O ar não tem cheiro! O ar não tem cor! Víamos e sentíamos isso nesta nossa cidade.
Mas, no meu actual país e cidade, esta verdade já não é evidente. Encontro-me numa cidade cujas fotografias tenho vergonha de mostrar aos meus amigos. Receio que eles exijam máscaras de proteção das narinas antes de ver as fotos. – Assim falava lamentando o meu avô Wakampfumu.
É uma realidade em Maputo vermos lixo que desfila pelas ruas e grandes avenidas da bela cidade. Os cidadãos afirmam geralmente que isso ocorre pela falta de contentores para neles colocarem a imundice. Será essa a real razão? Pelo que vejo existem contentores de lixo na cidade embora insuficientes.
Diz-me por que tu deitas lixo nos passeios, ruas e estradas desta cidade, oh cidadão!

Tu mesmo reconheces que a falta de contentores é um falso discurso que tu produzes e reproduzes nos mais novos, para poderes te livrar do lixo em qualquer ponto da cidade. As vezes dizes que deitas a tua embalagem de rebuçado no chão porque a cidade já está suja e que um simples papel não acrescenta nada. Não imaginas quantas pessoas estão a praticar o mesmo acto naquele momento!
Será a limpeza da cidade apenas da responsabilidade do Governo ou do Conselho Municipal como tens afirmado? E nós como cidadãos, qual é o nosso dever? Vamos defender a nossa legitimidade de deitar o lixo no chão por falta de contentores?
Não pretendo desta maneira procurar culpados pelo lixo espalhado pela cidade e artérias de Maputo. Pretendo é levar os cidadãos residentes ou não desta cidade a reflectir sobre a aparente normalização da convivência com o lixo na nossa urbe.
Uso a expressão ‘‘aparente normalização’’ por considerar que eu possa me estar a enganar ao afirmar que não haja cidadãos (des)preocupados com a limpeza da cidade. Então, reservo espaço para que se expressem e mostrem que reconhecem este problema como uma realidade cuja resolução não depende de um nem do outro indivíduo ou grupo, mas de todos nós.
Devemos todos colaborar para que a nossa ex-Lourenço Marques não seja mais uma cidade em que o cheiro ganha cores representativas e simbólicas. As cores das nossas ruas, avenidas prédios não devem simbolizar a cor do cheiro nauseabundo. Esta cidade deve resgatar as suas cores e criar novas mais agradáveis aos olhos e às narinas. Ah, a cidade das acácias! Não criemos discursos falsos para legitimar a presença de lixo na nossa cidade, mesmo reconhecendo que ela já esteja suja. O meu avô Wakampfumu deve recuperar o seu sorriso e tirar a vergonha de mostrar as fotos da sua querida cidade aos seus amigos estrangeiros nacionais e internacionais nesta bela urbe das acácias.
A responsabilidade é toda nossa como cidadãos vivos!!!