domingo, 29 de dezembro de 2013

Policia Municipal de Maputo contra a saúde pública e a sociedade em geral



O problema do comércio informal de refeições na cidade de Maputo apresenta-se duma forma muito complexa. Note-se que se trata duma prática que envolve vários actores, cada um deles com objectivos praticamente diferentes. Primeiro, os (as) comerciantes estão preocupado(a)s com a produção de meios de autosustento ou de sustento das suas famílias. O clientes querem, como diz um colega meu, “preencher as lacunas do estômago”, pagando um valor relativamente baixo se comparado com os praticados no mercado formal (restaurantes). As autoridades municipais lutam contra esta prática pois consideram ser um atentado contra a saúde pública. Contudo, são estes últimos que afirmam deitar nas lixeiras a comida recolhida nos locais públicos em que são comercializados.
Sabendo que estamos numa cidade em que a mendicidade é uma realidade marcante e que uma parte destes alimenta-se nas lixeiras, podemos afirmar que são os mendigos que se beneficiam da comida deitada pela Policia Municipal de Maputo.
Não será o facto de deitar comida nas lixeiras mais um atentado contra a saúde pública visto que acentua o mau cheiro na nossa cidade? Esta acção não estaria a contribuir para o aumento da mendicidade visto que indivíduos têm como se alimentar e sobreviver nas lixeiras? Esta comida não estaria também a contribuir para sustentar meninos de rua que se tornam em seguida delinquentes?
Que as acções tomadas contra algo supostamente mau não contribuam para perpetrar ou acentuar outros males. Reflexões são muito fundamentais antes da acção! Clique no link abaixo:
http://pda.verdade.co.mz/destaques/36-grande-maputo/90-comercio-informal 

sábado, 3 de agosto de 2013

Morte de algumas covas perigosas em Maputo



Maputo, capital de Moçambique apresenta uma série de covas perigosas, de vários tamanhos e idades, que se encontram sobre os passeios de várias avenidas e ruas desta cidade. Trata-se de aberturas concebidas para facilitar a manutenção dos esgotos e do sistema de abastecimento de água. Essas aberturas são normalmente munidas de tampas que protegem o esgoto do entupimento pelo lixo, e protegem também o cidadão que nelas pode cair e criar-lhe problemas de saúde física.
Algumas covas já se encontram tapadas, mas existe ainda um grande número delas que aterroriza os cidadãos que circulam a pé na via pública.
Felicitamos os criadores de projectos e os executores das obras de eliminação dessas covas, fazendo votos de que, brevemente, a cidade de Maputo se apresente com um novo visual sem furos que atentem a saúde dos cidadãos que nesta cidade circulam.


sábado, 20 de julho de 2013

Nos transportes públicos TPM paga-se 20Mt e viaja-se a 7Mt



A empresa de Transportes Públicos de Maputo, actualmente designada Empresa Municipal de Transportes Públicos, introduziu há alguns meses as carreiras Expresso para os diversos destinos da cidade e província de Maputo. Supõe-se que o objectivo dessas novas carreiras seja de melhorar a eficácia e a eficiência do sistema de transportes em Maputo. Mas, o que acontece é que nada se apresenta como novo senão a diferença de tarifas entre as carreiras Expresso e as normais.
Quando esses autocarros começaram a operar, havia paragens determinadas para levar e/ou deixar passageiros. Mas, é muito frequente nesses dias que estes machimbombos parem em qualquer paragem para os mesmos efeitos acima referidos. Falamos concretamente dos autocarros que fazem o trajecto Maputo-Boane e Mozal-Maputo. Não queremos falar dos outros motoristas, que mesmo em semáforos e outros locais que não sejam paragens, descarregam passageiros colocando a vida destes em risco embora seja a seu próprio pedido.
Ao questionarmos sobre essa desobediência, os motoristas e cobradores afirmam que pretendem ajudar as pessoas que residem em bairros cujas paragens não estão marcadas para que o Expresso leve ou deixe passageiros; todo o mundo precisa de viajar e não deve haver egoísmo.
Concordando com a ideia de querer ajudar todos os passageiros, a solução seria, para nós, eliminar as carreiras Expresso. Assim não haveria discriminação e nem desigualdades no acesso aos machimbombos; todo o mundo beneficiaria dos autocarros provavelmente da mesma maneira.
Para além destes aspectos que se constatam nesses autocarros, há que considerar os engarrafamentos que se apresentam no período matinal e na hora de ponta. Assim, questionamos se há necessidade de colocar carreiras Expresso nesses momentos do dia apesar dos engarrafamentos? Em que medida é que esses autocarros são eficientes nas horas em que se sabe que há engarrafamentos?
Solicitamos que esses autocarros não circulem como Expresso sempre que a circulação rodoviária estiver perturbada pelos engarrafamentos. Pedimos ainda que os motoristas e cobradores respeitem as ordens dos seus superiores, o código de estrada e que não deixem os seus valores morais ajudar uns, prejudicando os outros. Não se deve prejudicar os passageiros que apanham o Expresso com a expectactiva de chegar rápido ao seu destino, pois considera-se que é um autocarro que não tem muitas paragens.
A carreira Expresso é especial ou não? Que faça valer os propósitos para os quais foi concebida!

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Residentes da Matola-rio na luta contra o lixo nas ruas

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Esta manhã os residentes da Matola-rio decidiram lutar contra o lixo que se encontrava acumulado nos diferentes pontos do bairro. Tratava-se do lixo depositado pelos próprios residentes, mas também pelos residentes de outros bairros. Estes últimos transportam regularmente, na calada da noite, o lixo produzido nos seus bairros e vêm depositá-lo em vários locais da Matola-rio.
A solução encontrada pelos residentes foi a de se reunir para juntos fazer desaparecer o lixo e sensibilizar todos os residentes a abrir covas em seus quintais para depositarem os seus resíduos.

Matola rio faz parte do distrito de Boane, recentemente elevado à categoria Município. Esperamos com esta municipalização que Boane possa beneficiar de mecanismos eficazes e eficientes para a remoção e, se possível, a reciclagem do lixo. Esperamos ainda que não só o distrito seja municipalizado, mas também que se criem mecanismos para que os seus habitantes sejam cidadãos dignos de residir num município. Precisa-se de cidadãos que não deitem lixo nas ruas do seu bairro, que não saiam com o lixo para deitar em outros bairros e também que reprimam os indivíduos que transportam o lixo dos seus bairros para deitar os outros.
Os residentes do bairro da Matola-rio mostram que já são e estão a torna-se cada vez mais “BONS CIDADÃOS”.
Parabéns aos residentes da Matola-rio que consagraram uma parte da sua matina à limpeza do seu bairro. Que os outros bairros aprendam algo desta acção para limpar e manter os seus bairros limpos!
Juntos na luta contra o lixo e as doenças! Abram o Olho.